Benfica 1 - 1 Porto: tudo igual...Sporting já espreita!

Benfica e Porto empataram num jogo repleto de emoção (nem sempre nos melhores sentidos…) e mantêm a distância pontual de apenas um ponto, agora com o Sporting à espreita…

Fernando Santos optou por não mexer no seu 11, apenas com a ressalva do regresso de Quim à titularidade, após lesão. Nélson na direita, Léo na esquerda, Anderson e David Luiz no centro ocupavam os lugares na defesa encarnada.
Para a constituição do losango foram chamados Petit, Katsouranis, Karagounis e Simão, no apoio a Nuno Gomes e Miccoli.

Jesualdo Ferreira, por seu lado, surpreendeu ao colocar Jorginho na equipa titular, ele que há muito não era uma das principais escolhas para o 11 azul e branco.
Hélton na baliza, com Fucile na esquerda, Bosingwa na direita (de regresso após falhar jogo com o Sporting), com Pepe e B. Alves no centro da defesa. Para o meio-campo entraram P. Assunção, Raul Meireles, Lucho e Jorginho, atrás de Quaresma e Adriano.

Esperava-se muito de Simão e Quaresma mas, no final da partida, verificou-se que ambas as prestações tiveram em conta o colectivo em vez de jogadas individuais!

Num estádio (quase) cheio e com uma excelente coreografia inicial, as equipas entraram em campo num esquema táctico semelhante, não estranhando assim o facto de ambas se terem “encaixado” durante quase todo o encontro!

Mas a equipa campeã nacional entrou melhor e acabou por dominar toda a primeira metade do encontro!
O Benfica não conseguia fazer frente a um meio terreno azul e branco melhor organizado mas, sobretudo, mais móvel. A pressão encarnada era inexistente e foram muitas as dificuldades das águias em pegar no jogo e transportar a bola até o último terço do terreno. Nuno Gomes e Miccoli pareciam desamparados na frente de ataque…

O Porto não causava perigo, limitando-se a controlar o jogo, sem causar grande moça na defesa encarnada…

Só aos 15’ houve real perigo… e na baliza dos homens da casa. Lucho abriu magistralmente para Adriano que fugiu à defesa encarnada e, frente a Quim, tentou-o contornar… O guardião efectuou uma monumental defesa, “roubando” o golo dos pés de Adriano!!

Além deste lance, nada de mais havia a assinalar, uma vez que David Luiz (sobretudo este) ia garantindo tranquilidade ao sector defensivo encarnado!

Até à meia hora de jogo só dava Porto… Não em perigo, mas em posse de bola…
A partir deste momento o Benfica começou a querer pegar mais no jogo, sobretudo com Karagounis a aparecer mais em jogo, face ao “apagamento” de Katsouranis e Simão!

O Benfica ainda assustou num livre de Petit, não no 1º remate, mas na recarga, com a bola a passar muito próximo do poste da baliza de Hélton!

Ficou-se por aqui o “assédio” às redes de Hélton nos primeiros 45 minutos, e foi mesmo o Porto a marcar… Num livre na esquerda, Quaresma centrou largo para a área onde apareceu Pepe, livre de marcação para desviar para o fundo das redes!
Estava inaugurado o marcador, num lance em que fica a ideia que Quim poderia ter feito mais, uma vez que a bola sobrevoa toda a pequena área sem que o guardião luso lhe toque…

O 1º tempo chegava ao fim com a equipa da casa em desvantagem e seria necessário outra atitude às hostes da Luz para dar a volta ao resultado…

Santos mexeu para o 2º tempo: tirou o apagadíssimo Katsouranis e fez entrar Rui Costa para o centro do terreno, tentando dar mais criatividade e objectividade aos lances ofensivos dos encarnados.

O Benfica entrou muito melhor e passou a dominar o encontro…

Agora eram os azuis a não ter fio de jogo, a recuar no terreno… Aos 48’ foi Nuno Gomes a dar o mote para esta 2ª metade: um remate colocado de fora da área com Hélton a desviar rente ao relvado para canto.

O Porto só respondeu ao minuto 65, com Jorginho a fugir a Léo mas a rematar muito por cima do alvo…

O jogo estava bom e acentuava-se o domínio encarnado, sobretudo porque Léo subiu mais no terreno e porque Rui Costa e Karagounis davam tranquilidade e criatividade às jogadas encarnadas!

Aos 70’ o Benfica desperdiçou a 1ª grande oportunidade de golo: Miccoli falhou o desvio após remate torto de Petit…Estava em frente às redes de Hélton…

Quando alguns pensariam que já nada havia a fazer para o lado dos encarnados, Simão ganha uma falta na direita, cometida por Fucile. Na cobrança, Simão coloca a bola para a cabeça de David Luiz (está “milimétricamente” adiantado face ao último defesa portista) com este a desviar o esférico que embateu no poste e de seguida no peito de Lucho, acabando por entrar nas redes azuis…
Estava feita a merecida igualdade e o estádio entrou em delírio…

O público encarnado passou a acreditar que ainda era possível chegar ao triunfo… E ainda acreditou mais quando entrou Mantorras para o lugar de Miccoli!

E foi Mantorras quem mais próximo esteve perto do 2º golo… já em descontos, Karagounis teve excelente jogada na esquerda e cruzou para a área… Mantorras, já a cair para trás, ainda cabeceia mas Hélton faz excelente defesa e nega o que poderia ter sido o golo da vitória!

Quase no lance a seguir, é Derlei que num remate em habilidade proporciona a Hélton mais uma boa intervenção…
O Porto seria mesmo a última equipa a causar perigo, através de um desvia de Rentería, mas a bola acabaria por sair ao lado da baliza de Quim!

O resultado aceita-se, da mesma forma que se poderia aceitar a vitória encarnada, não pelo domínio do jogo, porque esse foi repartido, mas pelas oportunidades de golo…

Notas

Elegemos Pepe, Hélton, Karagounis e David Luiz como as figuras do clássico!
A defesa de Quim aos pés de Adriano é, para nós, a defesa da noite!

Quanto ao árbitro, muito se tem dito…
Em 1º lugar, o amarelo a B. Alves sobre falta a Simão é bem mostrado. Um pouco à imagem da falta de Katsouranis sobre Anderson no Dragão (1º na bola, depois a atingir a perna do jogador adversário). Contudo, pedia-se o mesmo critério aquando do lance entre Simão e Adriano. Apesar do português não tocar no adversário, a entrada era merecedora de amarelo.
Quanto a penalties, nada a assinalar… O lance de Pepe na área encarnada acontece ainda com o jogo parado…
Sobre os cartões, entendemos que não houve grande dualidade de critérios… As faltas foram marcadas quando e onde aconteceram…

O facto de o referido árbitro se ter assumido como sócio do Benfica nada tem a ver com o jogo… É preferível a sinceridade à hipocrisia…

Por último, deixamos algumas palavras para o que se assistiu nas bancadas…
1º: a organização escolheu muito mal o sector para os adeptos azuis…
2º: vergonhoso o “espectáculo” dado por uma das claques problemáticas do futebol português (Sporting e Benfica também as têm!!). O constante lançamento de petardos para o meio de adeptos adversários, sobretudo quando há CRIANÇAS pelo meio que nada têm a ver com guerras desnecessárias proclamadas e aguçadas por dirigentes desportivos!!! Haja bom censo e educação, e que de uma vez por todas se repensem o fenómeno das claques… Consideramos que trazem muita vida ao jogo, mas já chega de tanta, tanta, tanta falta de educação…

Saudações desportivas

Ficha do jogo

imagem em:www.zerozero.pt

Resumo